CONVITE

TENHA O SUFICIENTE!

APAIXONE-SE suficientemente por você, pelas pessoas, pelo o que você faz... apaixone-se pela vida!

TENHA CURIOSIDADE suficiente para aprender mais sobre as coisas que poderão fazer você usar e ampliar suas habilidades...

CONTRIBUA suficientemente com o mundo, através de quem você é e do que você faz...

DETERMINE-SE suficientemente a AGIR e a buscar resultados...
...SUFICIENTEMENTE EXCELENTES!!!

O CONVITE

Oriah Moutain Dreamer


Um texto precioso correu o mundo na forma de e-mail. Sua autora narrava seus reais interesses sobre o outro, escamoteados nos diálogos bem comportados das festas. Aqui o texto e o relato de como foi escrito.

Não me interessa como você ganha a vida. Eu quero saber aquilo pelo qual você anseia, saber se você ousa sonhar e ir ao encontro dos latejantes anseios do coração. Não me interessa sua idade. Eu quero saber se você se arriscará a parecer um louco pelo amor, por seus sonhos, pela ventura de estar vivo.

Não me interessa que planetas estão em quadratura com sua lua. Eu quero saber se você tocou o centro de sua própria tristeza, se as traições da vida conseguiram abrir você ou se você se fez ainda mais escondido e fechado com medo de sentir mais dor! Eu quero saber se você pode se sentar com a dor, minha ou sua, sem se esforçar para escondê-la, diminuíla ou consertá-la. Eu quero saber se você pode estar com a alegria, minha ou sua; se você pode dançar uma dança selvagem e deixar o êxtase preenche
r você desde a ponta dos pés e das mãos sem ficar nos alertando para sermos cuidadosos, realistas ou para nos lembrarmos das limitações de estar sendo humanos.

Não me interessa se a história que você está me contando é verdadeira. Eu quero saber se você pode desapontar alguém para ser verdadeiro consigo mesmo; se você agüenta a acusação de traição sem trair sua alma. Eu quero saber se você pode ser fiel e, portanto, confiável. Eu quero saber se você pode ver beleza mesmo se não estiver bonito todos os dias, e se você pode ancorar sua vida na beira do lago e gritar para o prateado da lua cheia. Não me interessa saber onde você mora ou quanto dinheiro você tem. Eu quero saber se você pode acordar depois de uma noite de mágoa e desespero, exausto e ferido até os ossos, e fazer o que precisa ser feito para as crianças.

Não me interessa onde, o quê ou com quem você estudou. Eu quero saber o que te sustenta por dentro quando tudo o mais queda desfeito. Eu quero saber se você pode estar sozinho consigo mesmo e se você realmente aprecia sua companhia nos momentos de vazio.

Relato

“Na primavera de 94 fui a uma festa e realmente me empenhei em ser sociável.
Perguntei e respondi às questões de sempre: O que você faz? Como conheceu o
anfitrião? Onde você estuda? Depois, voltei para casa com o familiar sentimento
de vazio, um buraco dentro de mim. Então me sentei e fiz o que muitas vezes faço para conectar com o que está me acontecendo – escrevi. Escrevi sobre as
conversas na festa, o que realmente não me interessava e o que eu realmente
queria saber sobre os outros, sobre mim mesma.
Fui ao centro da dor em busca de algo mais entre eu e o mundo, e o poema-ensaio “O Convite” escorreu para o papel. Mandei o texto para algumas pessoas e de repente ele ganhou vida própria, começou a ser espalhado através de emails. Um agente literário sugeriu que o transformasse em um livro.
Decidi escrever: eu queria que o livro fosse tão cru e real como o texto; que oferecesse ao leitor receptivo uma chance de realmente ir aos pontos mapeados por “O Convite”. Para cumprir essa promessa tive eu mesma que ir a esses lugares. Retirei-me para um chalé e escrevi sobre o que eu precisava lembrar, o que eu precisava ouvir de novo e sempre: que a vida é cheia de beleza e dor; que o mundo partirá seu coração e o curará muitas e muitas vezes, se você deixar. E que deixar que ele faça ambas as coisas é a única maneira de viver plenamente; que não estamos sozinhos, mas profundamente conectados com aquilo que cria e sustenta toda a vida."

http://www.jornalbemestar.com.br/licoes.php?paginaAtual=13

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