CONVITE

TENHA O SUFICIENTE!

APAIXONE-SE suficientemente por você, pelas pessoas, pelo o que você faz... apaixone-se pela vida!

TENHA CURIOSIDADE suficiente para aprender mais sobre as coisas que poderão fazer você usar e ampliar suas habilidades...

CONTRIBUA suficientemente com o mundo, através de quem você é e do que você faz...

DETERMINE-SE suficientemente a AGIR e a buscar resultados...
...SUFICIENTEMENTE EXCELENTES!!!

UM POR TODOS,

TODOS POR UM!

Retirado do artigo deSteve Kozlowski e Daniel IlgenHuston
Mente e cérebro – 177

"Houston, we have a problem!"
Esta frase ficou mundialmente conhecida quando a nave Apollo 13, em 1970, teve um problema técnico: um de seus tanques explodiu. Engenheiros da NASA foram reunidos para encontrar uma maneira de trazê-los de volta a terra, em segurança. Transformaram este desastre em potencial em uma lenda sobre a eficiência do trabalho em equipe.
A importância da cooperação tem sido cada vez mais discutida nos mais diversos fóruns.
Por um lado a história humana é basicamente uma narrativa de pessoas que trabalham juntas para explorar, realizar e conquistar coisas. Por outro, é impressionante que a sociedade contemporânea ainda dê tanta importância ao individual. É com essa perspectiva que educamos nossos filhos, contratamos, treinamos e recompensamos nossos colaboradores. E ainda assim, - ingenuamenteacreditamos que indivíduos lançados numa equipe criada sem qualquer planejamento ou treinamento possam ser eficientes e bem-sucedidos.

Estudos científicos sobre trabalho coletivo publicados nos últimos 50 anos identificam fatores que caracterizam as melhores colaborações.Observa-se que o que os membros de uma equipe pensam, sentem e fazem, fornecem pistas fundamentais para predizer o sucesso da empreitada conjunta. E mais, sugere ainda maneias eficazes de compor, treinar e liderar.
Aparentemente a sociedade valoriza o trabalho em equipe, no entanto, a forma como as organizações gerenciam seus colaboradores vai contra o que as evidencias apontam como correto. Parece óbvio que, por exemplo, grupos precisam de recursos suficientes para cumprir metas estabelecidas, ainda assim, nesta era de enxugamentos e cortes, administradores acreditam que se pode fazer mais com menos.Além disso, as empresas premiam as pessoas com aumento de salário, bônus, promoções, etc. no desempenho individual - e não no coletivo. Esses incentivos frequentemente inibem a disposição dos indivíduos para trabalharem juntos, mesmo quando é vital para o cumprimento da tarefa. O sucesso exige um delicado equilíbrio entre satisfazer as metas da equipe e as dos indivíduos que fazem parte dela.

Antes de formar um grupo de trabalho é preciso fazer uma pergunta crucial: ele realmente é necessário? Em algumas empresas as tarefas são reestruturadas para se tornarem responsabilidade coletiva, mesmo quando poderiam ser facilmente realizadas por um único indivíduo. Resultado: nesse caso, mais que ajudar, o esforço conjunto acaba atrapalhando.

A tarefa determina o foco prinicpal das atividades, e a forma como os indivíduos realizam seus deveres determina a eficiência do conjunto. Assim, a tarefa define as exigência mínimas para o conjunto de recursos - conhecimento, aptidões, habilidades e outras características (como personalidade, valores) - disponíveis naquele grupo.

Uma das coisas mais importantes que uma equipe tem para oferecer é a sua produção intelectual. Para a obtenção de qualquer resultado, porém, é imprescindível o domínio das ferramentas e a compreensão da tarefa, das metas, das exigências de desempenho e dos problemas que vão encontrar pela frente. A capacidade de identificar esses atributos individuais de forma coordenada é uma das características das equipes bem-sucedidas.

Experimentos demonstram como cada integrante tira proveito do conhecimento coletivo quando aprende com a equipe. Certos conhecimentos se perdem quando há remanejamentos na equipe e a aptidão não aparece quando o grupo se comunica exclusivamente por telefone ou e-mail.
Os "folgados", por exemplo, que se apóiam no esforço alheio, costumam provocar doscórdia. Este tipo de comportamento pode ser limitado com a exigência de que as contribuições de todos sejam claras de definidas.

Quando um grupo trabalha com eficácia e eficiência, é comum surgir o chamado "espírito de equipe" - há um impertaivo estratégico coletivo.

Pesquisas apontam que quando as pessoas assumem o objetivo de permanecer atualizadas em suas áreas, têm melhor desempenho geral e quando uma equipe internaliza a missão de valorizar o atendimento ao cliente, os resultados não tardam a se refletir no trabalho.
Quando um grupo de trabalho chega ao acordo de que a segurança, por exemplo, é uma prioridade, o resultado é a redução no índice de acidentes.

O espírito de equipe geralmente aparece quando há fortes laços entre seus membros. Quando se relacionam bem com o líder, tendem a compartilhar mais suas percepções. Grupos que mantêm interações sociais informais com alguma frequencia também chegam ao consenso com amis facilidade.

Parte da "cola" que une as pessoas é emocional. Existem indícios de que bom humor nem sempre garante bons resultados. Estudos sugerem que integrantes de uma equipe tendem a mudar de humor de forma sincronizada. (observam-se oscilações semelhantes entre os indivíduos). Esses estudos levaram ao conceito de contágio emocional, cujo efeito sobre o desempenho coletivo foi bem estudado pela Universidade da Pensilvânia. Os resultados mostraram que o comportamento de uma única pessoa promovem alterações emocionais, positivas ou negativas, respectivamente, em todo o grupo.

ADAPTAÇÃO E MUDANÇA

Nas melhores equipes os indivíduos têm consciência do desempenho uns dos outros, oferecem cobertura para os pares sempre que necessário, estabelecem metas, coordenam ações, comunicam-se com eficiência, tomam decisões, resolvem conflitos e se adaptam às mudanças circunstanciais e às novas idéias. Para obter esse funcionamento é preciso um aprendizado, que se dá em um processo dinâmico e ajuda a moldar e melhorar o grupo ao longo do tempo - e nesse caso o líder tem papel importante.
Antes da ação, por exemplo, ele ajuda a definir metas de acordo com as capacidades e metas da equipe. Durante a execução do trabalho, monitora o desempenho do grupo e intervém quando necessário. Se a equipe se afasta do objetivo, o líder faz o diagnóstico das deficiências e reorienta o processo.
Não se buscam culpados para o fracasso, mas soluções para tornar a ação mais eficiente. Há evidências de que esse tipo de procedimento melhora previsivelmente o raciocínio e o desempenho da equipe.

Há um detalhe curioso por trás dessa dinâmica. Se, por um lado, o feedback dirigido aos indivíduos melhora o desempenho individual à custa do desempenho coletivo, por outro, a atenção direcionada à equipe melhora o desempenho coletivo à custa da performance individual. Assim, se os dois tipos de feedback são fornecidos, é possível melhorar sensivelmente ambos os níveis de desempenho. As evidências sugerem que os líderes precisam saber exatamente o que desejam salientar em cada grupo para então estabelecer sistemas de apoio. Convém que as medidas sejam adaptativas, alterando o equilíbrio de acordo com as necessidades do momento.

Por enquanto, a importancia do esforço conjunto costuma ser lembrada depois de grandes triunfos ou tragédias. Ironicamente, o que mais importa nessas ocasiões é a quem conceder o prêmio ou atribuir a culpa, respectivamente.

CONCEITOS-CHAVE
  • Não basta reunir pessoas e dizer a elas que devem trabalhar em grupo. Equipes eficientes têm de ser planejadas e reunir indivíduos com conhecimento e habilidades específicas.

  • Interações informais entre os integrantes das equipes e seus líderes melhoram o desempenho e aumentam a motivação; a alta rotatividade dos colaboradores dificulta o alcance das metas.

  • É preciso que as pessoas aprendam a trabalhar em equipes e a liderar; treinamentos devem privilegiar habilidades coletivas em vez de privilegiar a aquisição de conhecimentos individuais.

2 comentários:

Luiz Borrelli disse...

Prezada colega Coach,
Muito bom o seu texto. Parabéns!
Apenas corrija uma informação, no início: a Appolo 13 NÃO POUSOU na Lua, justamente pelo problema que teve em sua trajetória espacial.
Foi um caso de sucesso transformado em filme.
Um abraço
Luiz Borrelli
luiz.borrelli@dynamicaconsultoria.com.br

Erika Figueira Vannuccini Fernandes disse...

Verdade, Luiz! Obrigada pela contribuição.